sábado, 15 de junho de 2013
No leito
- Bate um coração
... Tum tum Tão tão Tum tum
Tão tão Tum Tum Tão Tão
Tum tum Tão tão Tum tum
Tum tum Tão tão
Tão tão Tum tum
Tum tum
Tão tão
Tum
tum
tão
T.
piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii.
= Batia.
... Tum tum Tão tão Tum tum
Tão tão Tum Tum Tão Tão
Tum tum Tão tão Tum tum
Tum tum Tão tão
Tão tão Tum tum
Tum tum
Tão tão
Tum
tum
tão
T.
piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
= Batia.
Poema piloto
Era uma dupla foda. Daí tudo ruiu, o piloto sumiu, a casa caiu, pegou fogo na roda, deram tiro na foca que sonhava em ser gaivota. A poesia não veio, nem o final de semana, nem a mulher que tu amas que agora está dando muito. Risos por aí. O jogo estaria empatado, não fossem as compras, posteriormente, as contas perenes que movem nossa felicidade efêmera e nosso desejo burguês de ser livre. Melhor seria ser canário na gaiola da lojinha de seu Belchior.
Tenha dó
Ela é bonitinha
só que gosta
de Michel Teló
não sei se choro
se morro de rir
ou se morro de dó
só que gosta
de Michel Teló
não sei se choro
se morro de rir
ou se morro de dó
Tua presença
Madrugada quimérica
esta que chama sexta
partícula daquilo
que chama tempo
que arde em químicas-reações
tremula o músculo involuntário
essência da flor que sacia
misto de membrana que fibrila
pura meta-física pura
teoria das composições
paradoxo das monções
bóson de higgs disso que chama vida
bomba de hidrogênio pronta para explodir
amanhã.
esta que chama sexta
partícula daquilo
que chama tempo
que arde em químicas-reações
tremula o músculo involuntário
essência da flor que sacia
misto de membrana que fibrila
pura meta-física pura
teoria das composições
paradoxo das monções
bóson de higgs disso que chama vida
bomba de hidrogênio pronta para explodir
amanhã.
Notas de Jornal
PROCURA-SE
Procura-se a dona de uma sandália de aparência questionável que figurava em fábulas feudais sob o codinome donzela. Ela escapou daquela narrativa moralista, em que a mocinha casa-se com o príncipe, sendo todos para o resto da eternidade das páginas esquecidas felizes para sempre, e se evadiu com o antagonista de outro enredo, um indivíduo muito sensível e injustiçado que após sofrer abusos sexuais de uma garota depravada que usava um gorro amarelo, que todos teimam em dizer: vermelho, no centro de São Paulo, fugiu em uma motocicleta Indians de apenas um acento. Sei que pertence a sandália a uma garota de aproximadamente 20 anos, de gosto musical duvidoso, vestida de um vestido colorido, estampadas flores em suas retinas, cheia de piercings pelo corpo que é um parque de delícias, sei que pertence pois a mesma me prestou serviços de muitíssima valia, quando quase morri pelas proximidades da baixa Augusta fugindo da menina do gorro amarelo. Nos separamos, quebramos o desfecho dos contos de fábulas, recordo com saudade do tempo que seguíamos sem destino "on the road" às five o'clock, para outros cantos, outros contos. Desde então a unica informação que tenho é um telefone que encontrei num adesivo colado no lado de dentro de orelhão público ao lado de minha casa e uma sandália mais ou menos usada e já gasta nos calcanhares de número 42 , além de um bilhete escrito a mão que dizia:
Boa noite Wolf, Cinderela.
Não é o amor
Ele sentiu uma quentura
corou, de repente bolhas na barriga
súbitas palpitações do miocárdio
com vontade de gritar
ele sorria
crescia um grande nó
na garganta que desfalecia
toda vez que tomava um sal de fruta.
corou, de repente bolhas na barriga
súbitas palpitações do miocárdio
com vontade de gritar
ele sorria
crescia um grande nó
na garganta que desfalecia
toda vez que tomava um sal de fruta.
como mente
Ela disse me amar
eternamente
como mente
e sente essa menina
que dizia que a vida é intervalo,
entre dois, nada
que o eterno nao existe
é só invenção de Homem
é só o tempo que insiste
em querer nos separar
eternamente
como mente
e sente essa menina
que dizia que a vida é intervalo,
entre dois, nada
que o eterno nao existe
é só invenção de Homem
é só o tempo que insiste
em querer nos separar
Poesia
Aonde vaga
o pensamento
morada da palavra
que é chave do poema
Ferida aberta do poeta
insensível ao vento
imperecível ao tempo
Barulhos remotos
remontam tormentos
e tudo torna-se verso
Universo distópico
da vida em fingimento
Assim dá-se à luz
àquilo que no exato momento
parece não ser, mas é poesia.
o pensamento
morada da palavra
que é chave do poema
Ferida aberta do poeta
insensível ao vento
imperecível ao tempo
Barulhos remotos
remontam tormentos
e tudo torna-se verso
Universo distópico
da vida em fingimento
Assim dá-se à luz
àquilo que no exato momento
parece não ser, mas é poesia.
Guimaraneando
Quem diz que sertanejo não chora
se engana em forma em desmedida
o contrario faz crer as veredas dessa vida
descaminho de Deus e o diabo nos Sertões de todo o Gerais
tome exemplo de Riobaldo cujo amor - "por destino anterior
outro amor também necessário perder fez pouco ".. choro o homi feito criança sem mama, ô se chorô...O amor é isso mesmo, é: bem que mal faz, e mal que só si faz.
se engana em forma em desmedida
o contrario faz crer as veredas dessa vida
descaminho de Deus e o diabo nos Sertões de todo o Gerais
tome exemplo de Riobaldo cujo amor - "por destino anterior
outro amor também necessário perder fez pouco ".. choro o homi feito criança sem mama, ô se chorô...O amor é isso mesmo, é: bem que mal faz, e mal que só si faz.
Chico
Um dia vou-me embora, não pra Pasárgada, nem pra Paris. É pra terceira margem
do rio que corre de traz de minha aldeia, que vou.
Eu choro vendo que quer partir, mas qual seja a vereda, qual quer ser tão que não te veja. Cê vá, ocê fique, você nunca mais volte.
Lá se foi velha jangada com o primeiro, bandeando curveando o mais intransponível do velho Chico.
Adeus, eu me vou.
Se vá, meu amor. E não se esqueça depressa de mim.
Foi assim que acabou a tinta da caneta.
do rio que corre de traz de minha aldeia, que vou.
Eu choro vendo que quer partir, mas qual seja a vereda, qual quer ser tão que não te veja. Cê vá, ocê fique, você nunca mais volte.
Lá se foi velha jangada com o primeiro, bandeando curveando o mais intransponível do velho Chico.
Adeus, eu me vou.
Se vá, meu amor. E não se esqueça depressa de mim.
Foi assim que acabou a tinta da caneta.
metafísica
Havia uma caixa de fósforo
dentro uma nave espacial dourada
cheia de foliões infelizes bebendo vodka
em falsas-fantasias
homéricas-e-quiméricas
cada um deles uma história
que se esparramava por mais
de mil léguas submarinas
Tsic!
fumaça densa subida subitamente num suspiro aliviado
era tudo que cabia na cabeça queimada daquele fósforo
dentro uma nave espacial dourada
cheia de foliões infelizes bebendo vodka
em falsas-fantasias
homéricas-e-quiméricas
cada um deles uma história
que se esparramava por mais
de mil léguas submarinas
Tsic!
fumaça densa subida subitamente num suspiro aliviado
era tudo que cabia na cabeça queimada daquele fósforo
Microrromance pós-moderno
Era uma vez Maria
casada com Pedro
que fugiu com Claudia
num transatlântico
pelo pacífico...
Maria ficou louca
de tanto diazepan
Pedro tomou
uma par de galhas
do Manso da repartição
E o domingo amanhecia
com cheiro de maçã fria
nos falidos corações.
Plágio de Bandeira
Homem morador do morro do Adeus
sobe no boteco da Dona Redenção
Dança
Canta
Bebe
e
se joga
sem direção
da ponte
da Água Espraiada.
sobe no boteco da Dona Redenção
Dança
Canta
Bebe
e
se joga
sem direção
da ponte
da Água Espraiada.
Quase Soneto
Penso
Sinto
Digo
ainda duvido que estou vivo
logo exito
Ouço
Canto
Crio
poemas e verdades que não creio
sem receio
Amo e desamo
desdenho
tudo que sou que no outro vejo
Cresço
envelheço
Amadureço
A duras penas, duros prantos
Mas morro. Nasço. Renasço
A cada pausa nos versos desse quase soneto
Sinto
Digo
ainda duvido que estou vivo
logo exito
Ouço
Canto
Crio
poemas e verdades que não creio
sem receio
Amo e desamo
desdenho
tudo que sou que no outro vejo
Cresço
envelheço
Amadureço
A duras penas, duros prantos
Mas morro. Nasço. Renasço
A cada pausa nos versos desse quase soneto
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