JA RAIAVA O DIA EO MANTO Q ENCOBRE O MUNDO SE TINHA DISSIPADO.
HAVIA UMA ESTRELA, O SOL DESPONTARA SEU PRIMEIRO AFAGO. NEM ME LEMBRO
SE DURMIA OU SE SONHAVA, SE RIA OU SE CHORAVA.DE FATO É QUE NAQUELA ALVORADA ALGO ESTRANHO ME OCORREU.
FLERTEI POR ALGUNS INSTANTES UM GRANDE E MAGRO ESPELHO. INDESEJAVEL AMIGO MEU.
COM BORDAS SIMPLES DE MADEIRA MAL LIXADA. MAS AINDA ASSIM , UM ESPELHO.
NUM PENSAMENTO FURTIVO, A SAUDADE ME ASSALTOU AS IDEIAS, COMECEI A LEMBRAR
TODOS OS AMORES QUE TIVERA, OS QUE VALERAM A PENA, TAMBEM OS QUE NÃO. TODOS
AMANHECERES QUE HAVIA VISLUMBRADO, SÓ OU ACOMPANHADO, LEMBREI DE CADA
SORRISO E CADA LAGRIMA, TUDO UM AMONTOADO GUARDADO NA GAVETA DE MINHA
INFANCIA. NUMA PALAVRA, ESTAVA EU NO PALACIO DA DOCE MELAQNCOLIA.
MAS NEM SÓ DE VENTURA SÃO FEITAS AS LEMBRNÇAS. AMARGA VERDADE!
COMECEI ENTÃO A PERCEBER UM SOM LONGINQUO. NÃO SEI AO CERTO O QUE OUVIA.
ERA UM CANTO COM UM QUê DE TRISTEZA, COM UM QUÊ DE EUFORIA, COM UM QUÊ DE NÃO SEI.
DE SUBTO ENSURDECI, TUDO ERA SILENCIO, MEGULHEI NUM MAR DE DEVANEIOS.
E A UNICA IMAGEM QUE SERRAVA MEUS OLHOS, ERA ALGO QUALQUER QUE NÃO EU. UMA IMAGEM SEM BRILHO,SEM RISO, SEM GRAÇA, NÃO ERA O POETA! NÃO ERA EU.
O TEMPO NÃO TINHA PONTEIROS, PARECIA UMA ETERNIDADE.
E AQUELE, QUE NÃO EU. MEU SEMELHANTE.TEIMAVA EM ME FITAR COM ASSOMBROSA
VIVACIDADE.
AOS POUCOS O MEDO FOI CRESCENDO , TOMANDO FORMA. ERA DIFICIL ENCARAR A MIM,
FUI OBRIGADO A DEFRONTAR MEUS FANTASMAS. TODOS ELES NUM GRANDE BAILE DE MASCARAS, E EU SEM FANTASIA. ELES SORRIAM , BULIAM, ZOMBAVAM DE MIM.
E EU RIA, NÃO POR PRAZER, MAS POR DESESPERO, DE VER O QUÃO PEQUENO SÃO OS SONHOS QUANDO NÃO SE COMPREENDE A VIDA.DESESPERO DE TER TRANCADA A ALMA EM ALGUM LUGAR QUE NÃO HAJA AMOR NEM AMIGOS. ESSA OBCESSÃO CRESCIA MAIS E MAIS, E A CADA INSTANTE QUE OLHAVA AQUELE MALDITO ESPELHO, SENTIA-ME, MAIS E MAIS SÓ.
QUERIA GRITAR MAS NÃO HAVIA VOZ. JÁ LHES DISSE QUE SOLAVA O SILENCIO?
POIS BEM CARO LEITOR, SÃO ESSES OS MOMENTOS EM QUE NÃO HÁ MAIS RAZÃO PARA DISSIMULAR.
SENTINDO TAMANHO DESASSOSSEGO NO PEITO, QUIS EU ME LIVRAR DAQUELA SOMBRA DECADENTE E CINZA.
NÃO QUERERIA SEMELHANTE CASTIGO NEM AO MAIS SEM VALIA DOS VÍS.
TOMEI PELOS BRAÇOS UM VELHO VIOLÃO QUE FORA DE MEU PAI, QUE TANTAS VEZES TOCOU ACORDES DISSONANTES, ENTRE BEMÓIS E SUSTENIDOS. QUANTA SAUDADE!
NÃO TINHA CORDAS, ESTAVA CALADO.
MAS ERA O QUE BASTAVA PARA NE TIRAR DAQUELE TRANSE (QUE EU JUGAVA INSUPORTAVEL).
DE SUBTO SEM PENSAR ESBOFETIEI O ESPELHO COM O INSTRUMENTO. CACOS AO CHÃO, OS FRAGMENTOS TILINTAVAM, COMO QUE FELIZES POR ESTAREM LIVRES DA VELHA FORMA.
O VIOLÃO NÃO, ESTE PERMANECEU SOBERANO, INTACTO.
QUERIA ME LIBERTAR TAMBEM DAQUELE INFORTUNIO QUE FORA CONHECER A OUTRA PARTE DE MIM,PERCEBI QUE NÃO PASSAVA DE FOLHA SECA EM PLENO OUTONO, VIDA SECA EM PLENO INVERNO (O REFLEXO, NÃO EU).
MANDEI A QUIZILA PRA LÁ, BOTEI OFERENDA NO MAR E BRADEI:
"SEREI REI DO MEU MUNDO AO MENOS POR UM DIA"
DO ESPELHO À ESTA ALTURA SÓ RESTAVA A MOLDURA, AINDA DE MADEIRA MAL LIXADA.
COMECEI A CANTAROLAR CARTOLA, FRASEANDO FALENAS, EXONERANDO O SILENCIO E EXORCISANDO FANTASMAS.
"...SIM, DEVE HAVER O PERDÃO PARA MIM, SE NÃO NEM SI QUAL SERÁ O MEU FIM..."
AS CORES FORAM RETOMANDO O TOM, ERA ANUNCIADO O FIM DO INVERNO DE MEU TEMPO. PENSEI: - O SOL NASCERÁ!
O DIA SE FARÁ NOVAMENTE UMA AQUARELA.
EIS QUE UM SONHO ME ACORDOU, E COMO PROMETEU O ARQUITETO, O CHORO DUROU A NOITE TODA MAS A ALEGRIA , GRATA SURPRESA, ESTA VEIO PELA MANHÃ!
QUANTO ÀS SUPERSTIÇÕES...
...PREFIRO SETE ANOS DE ENGANO À EXISTENCIA DO NÃO SER!
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salve valeu pela visita!!!!volte sempre