quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Anunciação
Numa noite de trevas e trovões
As horas eram incertas
Podia-se ouvir um tênue tilintar
Após instantes,
Eram como fosse cacos de um cristal raro caindo violentamente ao chão.
Robusteciam-se,
Era a providencia divina em forma de chuva
Que vinha pra lavar a alma dos aflitos.
Num breve momento houve silencio...
E o céu se calou.
Foi então que um derradeiro raio se prostrou,
E se fez a anunciação.
Devaneios, pensamentos, estopins de inspiração,
Insano desejo que lhe roubara a razão,
Era o amor, combustível da vida
Era a saudade, presença da ausência querida
Quando se tem na fronte o fim
Cada instante é “grand finale”
No ultimo suspiro , a mais pura poesia
Um misto de impotência , liberdade e medo
Lhe assaltava a alma
Sentia-se uma chama fugaz,
Um sorriso
Uma canção que finda
As mentiras e verdades de uma mente sã
Entregues ao baú do esquecimento
Já não havia mais tempo
Era morte,tétrica,nua e anunciada
Numa noite de chuva.
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Lindo poema!! Adorei!!
ResponderExcluirA morte que seja anunciada... sempre esperada e temida por todos!
Parabéns mais uma vez.
Beijos da vampira Laysha.