Eu precisava ver o fim do samba
arrumar a bagunça
retirar de dentro
a minha TV
mergulhar no profundo mistério
Lá
na ponta de um cacto de dez metros
onde o sol se vai galope
todo universo-inverso dentro de mim
feito mosaico macunaímico
ou outra prosa andradiana
a ficha caiu a poeira que sou
que se importa com coisa desimportante
que faz poemas indiziveis de amor a todo instante
que se pergunta a toda hora
como acordar triste durmir alegre
estar só
mas acompanhado
dançar nem que for parado
faz sentir isso
que chama vinicius
vivo
Foi logo alí
enquanto atravessava avenidas
desluzidas e desmazeladas
vi desiludidas-matutinas-meninas
semi-sinceras e sequeladas
que gritavam exasperadas:
Je suis ce que je veux être!
vive le rock de la vie!
Passaram elas eu passarinho
após o convescote
entre raposas e coiotes
agradeci o Arquiteto
pelo pão e pelo verso
pelo acaso e o novo
por ter passado
agradeci mais depois
por ter presente
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salve valeu pela visita!!!!volte sempre