sexta-feira, 21 de setembro de 2012

REHEARSAL


there's a vague
future history
coming
soon
like
a
som
movie
samba
movin' on
rehearsing
like no tomorrow
for a never seen before
non-existing life that makes me feel like living one hundred and twenty years.

BY THEREZA DE CASTRO

WHO R U

Who r u?
I’m in luv with myself
When staring at my own face
The young wrinkles welcoming my eyes
They look less childish than before

My dear
Maybe that’s why you think I’m serious today
Skin dressed up as an adolescent
Covering my thirty-one-year-old
Flesh
That I love each time I think of
Myself
I feel like cinders when I remember my own kisses
“Everything only happens inside of me”
But
You – who r u?
That, filled up with extreme happiness stares at my neck
Know the tiny freckles
On my nose
See my eyes from inside
Who
R
U
?
 
BY THEREZA DE CASTRO

POEMA THEREZA LUX LUXO

hoje eu posso fazer um comercial de sabonete
shower gel
refreshing
linda
fresca

não
isso não é poesia
é
day after
mesmo
lux
luxo

ARRITMIA



Eu tenho arritmia. Não deixo pra última hora por que nunca sequer cheguei às instâncias da última hora. As coisas ficam no plano primeiro, do querer-fazer. E eu as protelo ainda embrionárias. E as protelo. Algumas sobrevivem à arritmia do primeiro (e nato para algumas pessoas) degrau e alçam um voo medíocre. Chegam, emfim, ao encerramento. E morrem sem nunca terem nascido.
Mas as que nascem de verdade - ainda estou falando das ideias - as que nascem...
Tenho que encontrar alguém que me faça entender ritmo de respirar - meu primeiro desejo concedido pelo gênio da lâmpada. E num céu branco e depois azul triste e bonito, começou a música - sempre achei ritmo de CéU uma coisa cabocla, ritmada, respirada. E eu comecei a observar o tempo.
Estou observando até agora.
Não tenho mais arritmia - não nos 90º do querer-ter - não tenho mais de verdade.
Eu observo o tempo das tuas mãos.

BY THEREZA DE CASTRO

POEMA THEREZA 2

meu presente
meu dia
meu futuro
minha madrugada
minha mania de fazer ideias parecerem uma escada rolante
quando eu quero
falar
com você
sem rima
mesmo
QUE SEJA
A TARDE
VESPERA
do amor.

BY THEREZA DE CASTRO

POEMA DE THE

Era mesmo de verdade
Intransponível
Impossível
Paúra
E ele

Me segura
Como quem segura
Um maço de mato sensível
Não era impossível mais, com ele agora.
 
BY THEREZA DE CASTRO

FARDO TROPICAL

Ele carrega o peso
de um mundo inteiro
na ponta dos lábios

E nem liga

carregar ia
mil se preciso
vezes Ela nos braços

a confiança afiança
seus conflitos
seus pecados

E na volta pra casa
com o amor
do acaso
de tua vida

um unico afã...

uma sacada
uma rede
E um casal
de cara pra lua

A BARATA DO QUARTINHO DA LOUCURA



Havia uma barata em cima da porta
em cima da porta havia uma barata
eu estava aflito-frito suando frio
quando a vi me deu arrepio

Ela imovel, onipresente
uma mosca na sopa da gente
Asquerosa, mas bem lá no fundo gostosa
asquerenta, fedida ao mesmo tempo cheirosa

Danada adora avoar em mentes pensantes
corações inebriantes
cavaleiros errantes de Cervantes,
avoar por espaços herméticos-etéreo-etílicos

Bolada, a barata parecia
guimba desvendada
uma barata de pata escancarada
um baratão, uma baga de barata
E que barato me dava aquela barata

Chá da tarde


Cade a musica na vitrola ?
e a poesia das páginas amarelas ?
e o café da tarde cor de açucar ?
e as leituras do maracatu ?

Cade o aroma ?
daquele passado prématuro?
do pão feito pela mão da vovózinha, que sorria toda tarde um chá chinês?

?

- Só a antropofagia nos une!
- Concordo plenamente, mas o que é an-tro-pofa-gi-a?

VocÊ não sabe? Santa ignorancia! Digo que é uma forma diferente de pirÔfagia (???)

Diário diário

Nada de novo
no jornal de hoje
com noticias
de ontem.

Le discret charm

Em tempos de ótima vizinhança
é sempre bom um convescote
em noites de felicidade fria
o balançar dum vinho ajuda a dissimular.

Isso não significa
que burguês não se preocupa
com os desabrigados e desvalidos
sentados em sofás fabricados por oprimidos
vestindo sapatos feitos

por calos de pequeninas mãos chinesas
frequentando puteiros na europa, de brasileiras
comida em sua mesa só francesa
e se preocupam com a africana Dona Fome
quem disse que não se comovem
com a miséria-midiática?

Doar ou não doar, eis a questão!
realizem-se os eventos
para mostrar vossa caduca-candura
e vossa grande empresa filantrópica nos trópicos
Esqueça que o amor é a alma do negócio
é o começo da Revolução

Carpintaria


(...) -Filho, 

aqui é o fim da estrada.
- A estrada não tem fim,

Pai, 
o fim só existe dentro da gente!

Ela eu e Sartre

Ela disse me amar
eternamente
como mente
e sente essa menina
que dizia que a vida é intervalo,
entre dois, nada
que o eterno nao existe
é só invenção de Homem
é só o tempo que insiste
em querer nos separar

Apoteose



"A boneca é de cera
de cera macera"

Lá vem gritaiada
reisada e chegança
lá vem a menina
faceira na dança

O malgungo que corre
é sem eira nem beira
O batuque d'Alfaia
é baque cabeça
O cortejo que passa
na frente da fêra...

"- Ôh reis que vem de alta,
Rainha se coroa
- Êh-zô, êh-zô,
Rainha se coroa"

Por Ella no porão


Num fechar de portas-tortas
dizia ela: nossa! Há uma pedra encrencando no batente
Escutava ao mesmo tempo
o doido pseudo-poeta de mente e de boa bagunça
espernear só, versos de um futuro blue
que junto ajudei a desconstruir
ao som do som de Elis.

Reflexões Therevisivas

Estar feliz é sair do amarelo, é sinal verde
para nós que somos jovens
-Isso é bom? Pessoa diria que não!

"as vezes (h)a vida
num engarrafamento"

é aquela coisa do choamsky
da ideia coletiva, um galho
com um milhão de ramos

derivando de quinhentos galhos
e mais um bilhão de ramos
A gramática de todos nós
a gerativa da vida...

Se sou a favor?
-claro que não!
sou ser pensante
cansada de pensarolar
vivo no eterno conflito
da contradição
danço no eterno balanço
de um samba cançao

(para-búla literária)
Os ramos
sao as ideias
os galhos
- somos s(ó)s!

entre braços
entre postos
Entre, sem céu
nem chão

Ela diz que está no dengo
ontem tive um pesadelo
Ela mete o bedelho
faz "nossa" a poesia
eu rio e adoro
ao mesmo tempo choro...

Referencia bibliográfica
CASTRO E SILVA. Algum livro de instante. ed. Pós-apocalíptica: São paulo, 2022.

Canta o galo morre o pinto

Foda nao é cantar de galo
e acabar numa panela,
mas sim morrer pinto
virar nuggets
e assar no forno
de um fogão elétrico
Brastemp!

amOR

Amor é construção
sentimento em manutenção
sagrado e profano
espirituoso mundano
é passo a passo
compasso metronímico
oração de quatro mãos
o Amor é todo segundo

re-construção...

Janelas

Janelas acesas
denunciam a insonia
dos amantes enamorados
ap's burgueses do centro
da praça da matriz piscam
todos os olhos
comercios soturnos
de mulheres semi-sinceras
abrem suas bocas-portas
Igrejas assinalam sinalam

por quem os sinos dobram
Janelas dos variados formatos:
indiscretas de fim de festas
Janelas que observam pelas frestas

Quando se apagam
se apegam
se agarram
se calam
os corpos
vozes
gemidos
nove meses, filhos

E lá continuam elas
com sacadas ou cortinas
as janelas
por casais sonhadas
redondas ou quadradas
janelas que fazem sala
para Tv's ligadas
em noites de enluarada quarta

Guevara burguês

Acorda as 10 da manhã
e quer fazer revolução?
 

Primeiro, levante e faça a cama!

Tcc em 3 atos

Trabalho, Cigarro, Café - manhã
 Trabalho, Cigarro, Cerveja -tarde
Trabalho, Cigarro, Cachaça - noite

domingo, 2 de setembro de 2012

nos braços

Ele carrega o peso
de um mundo inteiro
na ponta dos lábios

E nem liga
carregar ia
mil se preciso
vezes Ela nos braços

a confiança afiança
seus conflitos
seus pecados

E na volta pra casa
com o amor
do acaso
de tua vida

um unico afã...

uma sacada
uma rede
E um casal
de cara pra lua