terça-feira, 13 de outubro de 2009

MEU TESTAMENTO


EIS ME AQUI
GOZANDO DE BOA SAUDE
EM POSSE DE TODAS AS MINHAS FACULDADES
E CIENTE DE TODOS OS MEU ATOS
NUMA NOITE FRIA E CINZA
DE PRIMAVERA
NO SUDESTE
TEÇO ESSAS LINHAS
QUE UM DIA DIRÃO POR MIM

(É CERTAMENTE ESTRANHO E NATURAL
ALGUEM ESCREVER SEU TESTAMENTO
NO AUGE DE SUA JUVENTUDE E VITALIDADE
ÓBVIO AO PASSO QUE SE NÃO O FIZER ENQUANTO VIVO
QUANDO MORTO NÃO O FARÁ)

POIS BEM , DORAVANTE ...
DISTRIBUO TODA RIQUEZA QUE POSSUO DA SEGUINTE FORMA:
MEU VIOLÃO,PARCEIRO DE SOLIDÃO
BEM MAIS PRECIOSO PARA MIM NÃO HÁ
TAMBEM MINHAS MUSICAS
QUE NADA MAIS SÃO
DOQUE PARTE DE MIM
EM UMA TAL ALFORRIA ABSURDA
DEIXO-OS A ALGUM ARTISTA DE RUA
ESTRELA DO ANONIMATO
CUJO UNICO LAR
CHAMA-SE PALCO
CUJA UNICA PAIXÃO
SEJA VIVER
DEIXO-OS EM BOAS MÃOS
AO TOCADOR DAS PALAVRAS SINCERAS
AO POETA DOS ACORDES DISSONANTES

MEUS LIVROS
O RIO ONDE ME BANHO
O MAR ONDE ME AFOGO
É TÃO GRANDE E VASTO
QUE CAIBO NUMA SÓ PÁGINA AMARELADA
DAQUELAS QUE SE SENTE O CHEIRO DO TEMPO
DEIXO-OS A ALGUM VIAJANTE PENSANTE DO SÉCULO XXI
DEVORADOR DE HISTORIAS

MEUS POEMAS
ONDE CANTEI AMORES
E GRITEI HORRORES
DEIXO A ALGUM APAIXONADO
OU A ALGUM INDGNADO
TANTO FAZ
OS DOIS SÃO OPOSTOS IGUAIS

MEU FUSCA 1977 BEGE
JA SENTE O TEMPO LHE DEVORAR O ASSOALHO
E OS CANTOS DOS PARALAMAS
FOI MEU ABRIGO
FOI MEU MEIO DE CHEGAR
À ALGUM LUGAR
SE É QUE HÁ ALGUM LUGAR
PRA CHEGAR
SERVINDO-ME TAL QUAL
ROCINANTE O BRAVO CORCEL
DO ETERNO CAVALEIRO ERRANTE
EM SUAS DESVENTURAS FANTASTICAS


ESSE GUARDO
E DEIXO AO FILHO QUE TEREI UM DIA
SÓ LEVAREI COMIGO
MEUS DENTES MEUS DREADS
E A VAGA LEMBRANÇA DE UM BEIJO...

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Pierrô na corda bamba





Irrelevante
é tudo isso que sinto
Canções clichê
pierrô na corda bamba
cover de mim mesmo sem vocÊ

Onde estão as cartas de amor
Onde estão os poemas que fiz pra vocÊ
Num relicario qualquer
Numa estante empoeirada

Mais um dia cinza
de outubro que jaz
E era pra ser primavera, é vera

Deixa
eu te esquecer
E amanhecer pra um outro amor
Um dia de sol
Uma outra manhã
Nada mais.








MUSICA DE VINI RAS

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

É NOITE



É noite
me lembro do cheiro de sua tez
do azul atlantico dos teus olhos
da ternura de teus braços
do gosTo doce do teu beijo
me lembro do antigo brilho dos teus olhos
E enquanto tiver lembranças
não amanheço

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

formas e fantasmas




Acendi uma vela
para trazer bons ventos
De contra ploge
ela refletia suas formas
e eu meus fantasmas

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

poema de parede





CARINHO DE MÃE
É IGUAL BOLINHO DE CHUVA
DOCE
MACIO
CHOCOLATE QUENTE
É MANHÃ DE SOL
COBERTOR PRO FRIO

Quase perfeita




Sorriso sem beijo
poema sem frase
flerte sem desejo
Conversa à olhos nús
palavras ao pé do ouvido
Menina de Ouro
ragazza bella
Seja bem vinda primavera!
ao mundo meu
é noite...
tem choro do céu
quase que sempre
insana insonia
que devora minhas unhas, meus dentes
quando dormem
amanheço
uma canção quase no tom
uma sensação que transborda
A paz me toma aos poucos
uma noite quase perfeita

terça-feira, 29 de setembro de 2009

emoção em estado liquido





É madrugada
insana insonia que martela os ponteiros
minha emoção em estado liquido
na lembrança de um cheiro
doce e amargo...jabuticaba
Como as estações
lá se foi meio sorriso
aventurar-se em demasia
ao lado de outra compania
metade de mim
insiste em querer rir
mesmo sem motivo, sem lembranças, aos prantos
e ainda risos
às vezes pergunto àquela voz
que canta dentro de mim
O que nos deixa tão trste?
será a ausencia, o vazio, o desamor
ou apenas vaidade?
a verdade é que apesar de tudo
mesmo triste
como um lago raso eu rio.

sábado, 26 de setembro de 2009

Mero devaneio meu

Quero escrever
algo realmente importante
que faça lembrar mim mesmo
Tal qual um literato imortal
como será viver a morte e ver suas palavras
eternizadas no inconsciente coletivo?
gostaria de saber...
No entanto só escrevo sobre
coisas futeis
de natureza particular
egoista e mundana
penso como seria
falar de amor
igual drummond
mero devaneio meu
Minhas palavras
só alcançam a medida do meu tempo
nada mais...
Eu canto para um mundo cadudo bom velhinho
Meus versos são balelas
Minha emoção é rasa
Apenas minha alma que transborda
e meu coração que grita a vontade de ser livre.

UM LAMENTO





Nossos momentos
devorados pelo tempo
saudade certamente passa
como passam os amores
os perfumes , as canções
os ponteiros do relogio...
E quando jaz o sorriso
O brilho nos olhos se vai
Nasce a indiferença
Entre os outrora apaixonados
Todo aquele amor de primavera
promessas quebradas,sonhos perdidos
sorrisos engolidos...
Só lembranças de um bom momento
Um triste fim para um
casal enamorado
Um lamento.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

coisas









Voce
adora coisas
quanto mais puder comprar
Coisas que usa
e logo depois
as deixa em desuso
Satisfação
Um amontoado de coisas
que foram desejos um dia
note books, celulares com camera,
sapatos,bolsas,anéis de brilhante
relogios rolex,vestidos italianos
perfumes franceses,carros americanos
ao fim tu és refem
não ama as pessoas
e sim as coisas que elas têm.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Desabafo




Por que cargas d'agua
vocÊ acha que alguem
realmente se importa
com o que voce sente?
Seus anseios, desejos...seus malditos sonhos?
A mulher da sua vida...meretriz
Ela, agora nem se quer lembra seu nome!
Nem tu mesmo lembra!
Será José?
Saido das linhas de Drummond?
me diga e seja sincero!
por que acreditar no amor?
aquele sentimento volatil e efêmero, egoista e insano...
cuja medida exata depende
de quão rico sejam seus valores...suas medidas
E depois que tudo acaba...
no fim...
Só resta a indiferença
Que patético!!
E ainda me chamam de ridiculo!
Para os quintos voces todos!
Bando de sentimentais
que vivem se lamentando
gritando as dores
amaldiçoando amores
sofrendo e chorando horrores
quase que diariamente se lamentando da vida
alimentando seus fantasmas
ao invés de suas almas
Cambada de coadjuvantes
de um cinema turco de 5° categoria
sejam Reis do seu mundo
ao menos por um dia
nada disso me apraz
E a cada dia que se vai
me desaponto mais com isso.
Preciso sumir
Ao menos por uns tempos
volto logo...
Assim que me trouxerem os bons ventos...

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

MANIFESTO




Há 20 anos (não estou bem certo) somos declaradamente um estado democrático e vivemos numa sociedade que se julga justa e também democrática.
Em nossa historia recente tivemos capítulos lastimáveis e outros memoráveis, principalmente na segunda metade do século passado.
Naquela época nossos pais viviam num regime ditatorial (tal qual no processo de Kafka) em que manifestações de qualquer natureza contra o sistema eram severamente retalhadas, às vezes sem precedentes nenhum.
Por outro lado, foi o período que o país mais se elevou enquanto nação, enquanto sociedade, nosso jovens eram revolucionários, nossos heróis anônimos.
Culturalmente fora a época mais criativa, em todas as esferas da arte, tal como musica teatro, literatura, etc.
Talvez tenha sido a ultima fagulha de vanguarda. O ultimo suspiro de verdadeira arte.
Passado pouco mais de meio século, o que vejo é uma sociedade hipócrita, cheia de falsos valores, retrógrada.
Não obstante um sistema que privilegia a minoria, que oferece milhões aos grandes banqueiros e mega-empresarios do centro-oeste europeu, e mata de fome milhões no sertão do nordeste da América do sul ou na África central, tanto faz aqui e lá a miséria e a fome são iguais.
Pois bem, experimente ligar o radio ou a TV, e desfrute do seu entretenimento por alguns minutos, se conseguir.
O caro leitor vai constatar que, estamos num processo de imbecilização constante e a todo instante somos entorpecidos por noticias, musicas por novelas, comerciais, que em sua grande maioria, não nos acrescenta um pensamento útil sequer.
A arte que nos é oferecida é falsa, sem valor, sem poesia.
Quantos músicos de grande talento cantam nos palcos do anonimato?
Quantos pintores não fazem alto-retratos e quadros em troca de moedas nas esquinas sujas do centro de São Paulo?
Quantos poetas não cantam o Rap nos guetos e periferias das grandes cidades?
Meu caro leitor, a pior das ditaduras é a cultural, e desta somos reféns.
Em suma quero dizer que, tudo o que é mostrado nas diversas formas de mídia é apenas o reflexo do que a grande massa deseja ouvir e ver.
Permito-me fazer um comentário com uma pitada de sadismo, comparando-os aos guinus, que apenas seguem um ao outro, seu instinto e sua fome. Sem nem saber de onde vem e para onde vão.
Enquanto formos guinus, seremos apenas uma grande massa, inconsciente, inerte, surda e muda. Imutável.
Eu prefiro ser pássaro... O exato contrario.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

dia daquelas





Essa noite fui dormir Homem ... E acordei Inseto





quinta-feira, 6 de agosto de 2009

triangulo II

Noutro dia
algo incomum
outra tarde de sol
desta vez tudo estava mais silencioso
O poeta quase que ausente
entregava-se aos seus devaneios
escrevia suas linhas sem brio
talvez à espera do presente
do acaso ou do destino
quem saberá?
À direita dele
onde estavam os jovens perdidos de outrora
se encontrava agora um senhor
que ostentava com orgulho
suas rugas
sua corcunda demasiada acentuada
A sua face transparecia uma aparente serenidade
Era o avanço da idade
a brutalidade do tempo
Ao seu lado um cão marrom
pela pelagem
certamente labrador
que lhe fazia compania
como um fiel escudeiro
breve instante se passou
o velho se levantou
e pôs-se à caminhar
ele e seu cachorro
sumiram bem devagar
cruzaram a esquina do quarteirão
E não voltaram mais
Abaixo
a mesma árvore
só que desta vez
A mulher cujo sorriso
furtou do poeta um poema
Aquela
cujo olhar era penetrante
interessado
E tão faceiro
que lhe lembrava Capitu
em obra de Mestre Machado
Ali já não estava Ela
Apenas folhas secas de inverno
que voavam com a valsa do vento
Isso causara ao poeta uma sensação
um estranhamento
O céu mostrava sua vastidão
O sol demorava a se pôr
Os versos
escorriam da caneta
empunhada firmemente
pela mão calejada do escritor
As horas passam sem o menor compromisso
quando se esquece os ponteiros
O vento refresca o corpo e a alma
quanto tudo é deserto
Talvez fruto do acaso
Talvez divina providência
Tudo estava perfeito
não fosse um detalhe
O perfeito não existe
A espera acaba
o poeta se levanta
e se põe ao mesmo passo do velho
à caminho de casa
Era hora de ir...








continua

triangulo

Faz sol.
Há tempos que não o vejo
no sul geralmente o céu é coberto de cinza
mas nessa tarde em especial e também um pouco cálica
os pássaros cantam diferente
formando uma divina orquestra
uma big jazz band
Há jovens perdidos do novo milênio se entorpecendo logo ao lado
Abaixo uma árvore
que abraça as costas de uma morena linda
que sentada aos seus pés
se entrega aos seus devaneios
O corpo jaz a alma ausência
Foi então que aparece Ele
se aproximando e se ajoelhando aos pés daquela mulher
Lhe fala balelas e falenas ao pé do ouvido
e consegue lhe furtar um sorriso sem graça
Talvez o começo de um recomeço
ou não
Talvez o começo do fim
Após um breve instante de silêncio
ela monolítica
enigmatica
Monalisa
Ele orgulho imponente
vira as costas e se vai
sem dizer mais
Ela enxuga as lágrimas que lhe lavaram a face
Os pássaros cantam mais alto
janelas se abrem
portas se fecham
O mundo e o tempo não param
Ao canto o poeta que tudo observa
Ela lhe nota e fica inquieta
os jovens ainda perdidos
porém satisfeitos e entorpecidos
continuam logo ao lado
Ainda de baixo da árvore
ela lhe fere outro olhar
mais penetrante
mais interessado
e o poeta imovel
casmurro
calado
Ela já mais à vontade
estíca suas pernas icógnitas por uma calça preta
e seus pés por botas também pretas
contrastando harmoniosamente com uma blusa bege que lhe cobri o busto
Assim
como em um jogo de flertes
ela lhe furta a atenção
Desta vez se atentou em ajeitar o cabelo
arregaçou as mangas da blusa e lhe mostrou os braços
O poeta olha atônito
sente-se confuso...
Não faz idéia de que ao invés de expectador
passa ser atuante desta cena
desse triangulo de amor
Seu coração por um instante palpita estranhamente
e logo volta a seu ritmo normal
e continua a observar
Mas é ela quem toma as rédias da situação
se levanta e caminha em sua direção
trocam olhares
desta vez
diretos e indiscretos
Ela chega e lhe pede um cigarro
ele lhe dá
ela se senta ao seu lado
lê seu poema
e lhe dá O sorriso
ele devolve
Entre conversas
olhares e cigarros
o sol se vai
a tarde finda
O poeta se levanta como fosse embora
obviamente contra sua vontade
Naquele instante o poeta quereria
O tempo sem ponteiros
Sorrisos de Jussara
Abraços de Dandara
Seu corpo por inteiro
Mas não...
ele se foi
Como foi-se aquele outro
O primeiro













continua...

segunda-feira, 20 de julho de 2009

a casa de Deus

Fui na casa dum amigo
Deu vontade de chorar
Eu chorei

minhas lagrimas tinham sabor de mel
O céu era um jardim d estrelas
Era casa de Deus

segunda-feira, 13 de julho de 2009

É segunda feira

Exatamente o dia em que nasci
Dia de boas surpresas
Otimismo é fundamental
Comecemos então de alma limpa
Cabeça erguida
Braços abertos
Que a mudança seja lenta e profunda
Que os sonhos sejam eternos...
E não envelheçam nunca

Simbolismo

Sólida
Solidão
Solitude
Solto em um Sopro
Sorva
Sorvetes
Sonhos
e
Sorte.

No dia em que eu soube que você ficaria

Manhã nublada de domingo
o sol bem que tentou aparecer,
em vão
Surpresas estranhas
ingrato momento
desagrado, decepção
Devaneios, dejavus
estupida percepção
Tal qual o sonho
que lhe contara um dia
em que nele eu via
o fim dos nossos dias
o fim do poema
o fim do cigarro
o fim do perfume
O fim da canção
o fim que era para ser
sempre
Desde o começo...
Fim.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

conversa com o por do sol

_Hoje, acordei disposto. É feriado, transeuntes passeiam no parque. Eu vejo tudo isso sentado.
Sem inspiração, hoje sou plateia do seu espetáculo.
O por do sol!
O que é isso?
Eu, simplismente não compreendo, apenas contemplo de fundo...
É fim de tarde!
Hora de acender a outra metade do mundo,
pintar seu quadro fugaz
Hora de preencher o vazio que a beleza da noite traz,
Hora de fazer crescer flores e crianças, saudades e lembranças...
Hora de acordar e viver, nada mais.

dona morena (musica)

Dona flor
Dona morena
que surpresa boa
na vida nem sempre
as coisas acontecem
à toa
E se não for assim
não tem problema
A gente levanta sacode
transforma em poema


O sol se vai
a tarde finda
e onde é que jazz
o colorido?
A lua sai
a noite é linda
de tuas asas borboleta...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

bom dia pra sorrir




naqueles dias em que o sol
acaricia sua alma logo cedo
dias em que todo barulho é musica
todo sorriso é beijo
todo cinza é lilas
todo olhar é conversa
toda chuva é garoa
todo romance é eterno
todo poema diz tudo
todo problema é nada
todo choro é sorriso
apenas um bom dia pra sorrir...

quarta-feira, 1 de julho de 2009

velha vera verinha

criança indefesa
sorriso ,o erÊ
no auge das suas rugas
banguela caduca
orfã de pai mãe
filhos e filhas
orfã até de sanidade
essa
há muito tempo a abandonou
não há olhos para ela
palavras para ela
nem beijos nem abraços para ela
apenas cigarros..
presentes do diabo
pregos de caixão
trago de vida
amigos da solidão
Velha Vera verinha

segunda-feira, 29 de junho de 2009

sim amiga!
o que me falta
é um pouco a alegria.
versos tristes
refletem
apenas minha falta de poesia
minhas canções
com acordes baratos
e tambem tristes
não comovem sequer
uma galinha.

sim amiga!
tuas palavras são tão sinceras
quanto certas
sua alegria mesmo que infinta
não me contagia
E se meus olhos falassem
chorariam

domingo, 28 de junho de 2009

Infeliz no paraíso

Dias a fio, Dias no cio
Cem dias de solidão
Na cidade polichinelo
Onde não mora o inverno
Ao redor primavera
E ao redor do redor, mais colorido
Sob esse céu, o paraíso.
Lá, não me encantam mais as borboletas
Nem se quer me despedi dos meus amigos
Agora...
Quereria frio
Não mais o tédio da Bahia
E nem a primavera todo dia
Dias de uma alegria fugaz
Dias em que o colorido já não satisfaz
Dias que fazem o amor de uma vida durar apenas um dia.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

dia de namorados

Dia de namorados
Amores falidos
Shoppings lotados
Beijos discretos
Desenlaces
Jantares marcados
Corações dilacerados
Mentiras sinceras
Chegada e partida
Para uns ,dia especial...
de beijo na boca
Cinema
Pipoca
Presentes
Passeios
Poemas
Sorvete
I love you pra cá
meu amor acolá.

Para outros, um dia normal...
Trânsito
Gente apressada
Sirenes ligadas
Contas À pagar
Vinhos a sorvar
Tédio
Tele-jornal
Tele-novela
Tele-encontro
Telefone celular
Mp3,4,5,6...
Computadores fazedores de arte barata
Ruas
Esquinas
Periferias
Estrelas,luar
Bares lotados
Homens no cio
à procura de um par.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

conflitos...

Por que será que sempre estamos insatisfeitos com as coisas?
Temos necessidade de nos sentirmos seguros,
no controle de nossa própria história.
Já te passou pela cabeça que podemos ser apenas coadjuvantes desse teatro que é a vida!!???
Ou apenas aquele pensamento: what a fuck mI doing here???
Pois é...
Penso nisso todo dia , como fosse sina minha.
Passei uma temporada no sul da bahia fazendo o que mais amo...musica!
Perto do sexto mês , me perguntava quase que diariamente:
Por que não vou-ME embora?
Apesar de estar em um lugar mágico..
repleto de pessoas bonitas...
as praias mais belas que ja tinha visto...etc
Tudo isso me parecia um disco riscado
em que a repetição daquele pedaço de musica
fosse infinitamente insuportavel
Ao fim do décimo mês decidi retornar ao lar
momento de felicidade...
Abraços de mãe,
beijos mais que sinceros
tudo isso bastaria!!!!
mas não!!!!
teimo em me sentir incompleto
como uma banda sem bateria
um poema sem poesia
a propria noite sem dia....
Às vezes penso que sofro de algum mal da alma,
pois não consigo ser completamente feliz todos os meus dias.

terça-feira, 16 de junho de 2009

sexta-feira, 5 de junho de 2009

tédio III

algo está errado!
já não sinto nada
dores da carne nem desejos
apenas palavras...
açoites que furtam e ferem
estou cansado, o dia foi vazio
buscarei mais cigarros!!!!

tédio II

cinco longos minutos se passaram
parecem séculos
versos, poemas , cigarros
ja não acalmam...ansiedade
e o amanhã que nunca chega????
a lua se põe vagarosamente tédiosa.

tédio I

O sono se foi
como convidado em fim de festa
as corujas fitam soturnas sem discrição
os cães ladram como se estivessem no cio
Tediosamente o "tic tac" martela
minha alma impiedosamente...
Finalmente canta o galo!
é dia!

cogito ergo sun

Já não cantam os passaros na primavera
ja não tocam os seresteiros nos terreiros da Bahia
o remanescente "bum bum" do tambor
a derradeira energia do afoxé
tudo isso bastaria
o alimento do corpo escasso, o da alma farto
nos jardins suspensos de Zion...
onde para ser, basta ser!

recomeço

Musica...
atividade ou ofício de abstração
Sonhos....
sina exercício de solidão
Grito...
tudo aqilo que jazz
lares quebrados, paredes pintadas
Recomeço.

sintese

Abutres
Sedentos
Soturnos vorazes...
Homens.

bahia

Céu nosso de todo dia
de grandeza e mistério
Terra de todos os santos
cachorros vadios
mulheres no mar
pescadores no cio.

vai trabalha

Vini Ras samba rock...porão produções musicais




blues bahia

eclipse

Brindemos ao tédio sem remédio,
à rotina que destrói amores sinceros...
Brindemos ao eclipse oculto de caetano,
à bahia...
terra de todos os santos, encantos e enganos
Brindemos finalmente ao que Jazz...
E ao pouco perfume que nos resta.